João Carlos Martins começou seus estudos musicais ainda criança, ao ganhar um piano do pai. Com apenas oito anos, foi inscrito por seu pai em um concurso para executar obras de Johann Sebastian Bach e venceu. Aos onze, já estudava piano por seis horas ao dia.
Estreou profissionalmente como pianista aos 20 anos de idade no Carnegie Hall, em Nova Iorque, patrocinado por Eleanor Roosevelt, mulher de Franklin Delano Roosevelt, ex-presidente dos Estados Unidos. Depois disso, sua carreira emplacou. Tocou com orquestras por todo mundo e, em seu melhor momento como pianista, era capaz de dedilhar 20 notas por segundo.
Com 26 anos, viu-se impossibilitado de continuar sua carreira após um acidente em um jogo de futebol, no qual perdeu os movimentos da mão direita. Com vários tratamentos, aos poucos foi recuperando parte dos movimentos, porém acabou desenvolvendo LER (lesão por esforços repetitivos). Desesperançoso, vendeu todos seus pianos e tornou-se treinador de boxe. Mas sua paixão pela música foi maior e o fez retornar aos palcos. João Carlos desenvolveu um estilo único de tocar, fazendo uso de sua mão esquerda para executar suas peças e obteve extremo sucesso com essa atitude.
Entretanto, após um concerto na Bulgária, foi assaltado e levou um golpe na cabeça, que lhe fez perder novamente o movimento das mãos. Dedicou-se a tratamentos durante vários anos e, sem nunca desistir de seu amor pela música, desenvolveu uma outra maneira de tocar, utilizando-se dos dedos que podia em cada mão.
Dois anos depois, os médicos lhe informaram que seria necessário cortar um nervo em sua mão esquerda e que isso o impossibilitaria de tocar piano para sempre. Após algum tempo, um tumor comprometeu seus movimentos da mão direita.
Aos 64 anos, passou a dedicar-se à regência e hoje é considerado um dos maiores maestros da música clássica.
João Carlos Martins realiza, na Faculdade de Música da FAAM, um programa de introdução à música para jovens carentes.
Possui há seis anos a Fundação Bachiana Filarmônica, na qual realiza palestras, eventos e cursos para crianças, jovens e adultos, abrangendo todas as classes sociais, com o intuito de divulgar, valorizar e democratizar a música clássica.
Em 2011, foi homenageado pela escola de samba Vai-Vai, com o enredo "A Música Venceu", levando a escola ao seu 14º título do carnaval de São Paulo.
Confira o depoimento do maestro que foi ao ar no último capítulo da novela "Viver a Vida", em 2010:
Fontes:
Wikipedia
JusBrasil - Maestro João Carlos Martins se apresenta no TJSP
G1 - Saiba mais sobre João Carlos Martins, homenageado da Vai-Vai
Fundação Bachiana
Imagem retirada do site da Folha
Muito bom!
ResponderExcluirAdoro a historia dele,pois mesmo depois de todas as barreiras que teve de enfrentar na vida,o amor pela música fez ele lutar, superando todos os problemas,e continuar fazendo o que ele mais ama.é um verdadeiro exemplo pra todos nós.
ResponderExcluirÓtimo post! Quem conhece a história deste músico sabe que ele passou por poucas e boas, é uma história triste e comovente, mas também exemplo para muitos! Parabéns a João Carlos Martins
ResponderExcluirquem?
ResponderExcluirTalvez você consiga responder sua própria pergunta ao terminar de ler a postagem! =D
ExcluirObrigada pela visita =)
É realmente uma história sensacional. Podemos tirar várias lições e aprender como um homem apaixonado pelo que faz, com determinação, perseverança, necessidade de produzir e acima de tudo, amor, vence barreiras e quando não dá mais para fazer da forma como quer, adapta-se ao meio e continua a realizar o seu trabalho da forma como convém, da sua melhor forma possível.
ResponderExcluirPois é! É impressionante como, mesmo com tantos empecilhos, ele não desistiu do seu sonho e nem da sua paixão: a música. É um exemplo de superação para todos nós.
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